Fechar um Capítulo

 


Algumas relações desgastam mais do que acrescentam, mantendo-nos presos em ciclos que apenas nos consomem. Já acreditei que, se me esforçasse mais, se fosse mais compreensiva, se aguentasse um pouco mais, as coisas mudariam. Mas permanecer em situações que corroem a autoestima não fortalece—apenas desgasta.


Agora percebo como é fácil confundir sofrimento com ligação, cair na ilusão de que salvar alguém é uma missão nobre, quando na verdade é um ciclo autodestrutivo. Estas dinâmicas, em vez de trazerem estabilidade, alimentam-se da insegurança, criando um vício no caos disfarçado de dedicação.


Sair disso não foi um momento de iluminação repentina, mas uma decisão consciente. Ficar presa no turbilhão emocional de outra pessoa não é um sacrifício digno—é um peso que escolhi não carregar.


Para mim, afastar-me de algo que, olhando agora, foi mais uma distração nociva do que qualquer outra coisa, foi uma escolha feita com clareza e propósito. Não se trata de perda, mas de ganho. O ganho da paz, do respeito próprio e de uma vida sem ilusões desnecessárias.


Algumas portas não precisam de ser batidas—simplesmente deixaram de levar a algum lugar.






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