Eu sou a Maria não Nati



Eu sou a Maria. E é assim que devo ser tratada.


Houve omissões. Houve manipulações. Houve silêncios que falaram mais alto do que qualquer palavra. E hoje, olhando para tudo com mais distância, começo a perceber que talvez nunca tenha havido uma amizade verdadeira.


Mesmo sendo uma ligação escrita — daquelas que tu gostavas, porque não falavas ao telefone, porque não te expunhas, porque não te socializavas —, eu dei de mim. Estive presente. Fui honesta. Fui constante. Fui amiga.


Mas senti-me usada. E isso… isso custa.

Custa muito.


Dizem que o perdão é libertador. Mas o perdão, para ser inteiro, exige esquecimento. E eu não esqueço. Não consigo. As feridas ainda estão abertas, e o que mais me dói é perceber que aquilo que eu achava ser amizade… era só uma ilusão minha.


Gostava que tudo tivesse sido diferente.

Gostava que nunca mais me chamasses pelo meu nickname.

Esse nome… só quem é especial o pode usar.

E tu deixaste de o ser.


Eu sou a Maria. E quem quiser estar na minha vida, que me trate com o respeito e a verdade que esse nome carrega.


As decisões que tomei ultimamente não foram por vingança. Nunca fui movida por rancor.

Mas sim por algo que aprendi — às vezes da forma mais dura:

eu tenho que me pôr em primeiro lugar. Sempre.


E isso significa que não vou permitir passar por tudo outra vez.


Não, não vou esquecer.

Não se apaga assim, de um dia para o outro, anos de conversa, de entrega, de presença.

Mas também não se continua a alimentar o que nunca foi verdadeiro.


Se chamavas aquilo de amizade… então vivemos em definições diferentes.

Porque aquilo que eu dei foi real.

O que recebi de volta… foi uma mentira bem embrulhada.


E sabes o que mais dói?

É perceber que, afinal, não foste meu amigo.

Foste só alguém que ocupou espaço.

Mas não foste presença.


















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