O meu melhor amigo tem quatro patas. É o mais fiel de todos, o único que está sempre radiante por me ver, que faz festa cada vez que chego a casa, que dorme ao meu lado como se estivesse a proteger-me do mundo. Ele sente quando estou feliz, mas também sente quando não estou bem. Nesses dias, aproxima-se devagarinho, dá-me beijos como quem diz “estou aqui”, e depois deita-se quietinho, sem me incomodar, apenas presente, apenas ao meu lado. Se isso não é amor, então não sei o que será. Depois, há aqueles amigos que a vida nos dá e que, por mais tempo que passe sem falarmos, sabemos que estão lá. Amigos de infância, amigos que aparecem só nos aniversários, amigos com quem falamos o ano todo, amigos a quem podemos contar tudo: as nossas conquistas, as nossas promoções, as nossas tristezas, os nossos dias de depressão e as nossas frustrações. Porque sim, também as tenho. Há amigos que são família, mesmo sem laços de sangue. Mas depois há os outros. Os que achamos que são amigos,...