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Virar a Página: Adeus 2024, Olá ao Que Vier

 


 

Há um momento em que a vida me faz perceber que virar a página é a melhor sensação do mundo. E não, não é uma frase motivacional qualquer — é a verdade nua e crua. Porque, sou sincera, há muito mais neste livro chamado "vida" do que ficar a ler a mesma página cheia de erros ortográficos e histórias mal contadas. 2024? Já foi. Esse capítulo está fechado, arquivado e, francamente, foi para o fundo da gaveta das coisas que prefiro esquecer.

E sabem o que é curioso? Há quem continue preso à ideia de que "devemos insistir", "dar mais uma oportunidade", "não desistir das coisas nem das pessoas". Não, obrigada. Como já dizia alguém muito sábio (ou apenas com um pouco de bom senso): "Há um dia em que percebemos que virar a página é a melhor sensação do mundo. Porque percebemos que há muito mais no livro do que a página onde estávamos presos." E eu? Eu percebi. Por isso, 2024 ficou lá para trás, com as expectativas que não se cumpriram, as conversas que morreram no "depois falamos" e as promessas que nunca saíram do papel.

 

Aliás, a vida é demasiado curta para começar o dia com pedaços partidos de ontem. Para quê agarrar nos cacos e tentar colar, quando podemos simplesmente arrumar tudo numa caixinha e seguir em frente? Arrastar o peso do passado só vai estragar o meu "hoje maravilhoso" e destruir o meu "grande amanhã". E isso, meus caros, é uma estupidez.

 

Por isso, chega. Chega do que já não serve. Chega de quem já não serve também. Quem está aqui, do meu lado, é porque quis ficar. Quem não está? Boa viagem e que o vento vos leve onde quiserem (e de preferência que não tragam areia para os meus sapatos). Agora, para quem quiser voltar, a regra é clara: toca à campainha. Literalmente. Mas aviso já: pode ser que eu esteja ocupada a virar outra página, ou simplesmente a aproveitar o silêncio sem interrupções desnecessárias.

 

Porque, no fundo, é isto que significa cuidar de mim: decidir quem quero à minha volta e o que quero ao meu lado. Entrar num novo ciclo não é só sobre esquecer o que passou. É sobre escolher melhor. Escolher quem merece um lugar e quem já devia ter perdido o bilhete há muito tempo. Escolher quando abrir a porta e quando fingir que não ouvi a campainha. Escolher a leveza de deixar certos capítulos para trás, porque já sabemos de cor como acabam e, sinceramente, não valem uma releitura.

 


Agora, para quem ainda está preso a capítulos antigos, aqui vai uma dica de graça: ninguém vai virar a página por ti. Podes continuar a folhear a mesma coisa e reclamar, ou podes crescer e perceber que a vida é um livro cheio de páginas em branco. E eu? Eu já percebi. Por isso, quem ficou, que fique. Quem foi, que vá. E quem aparecer, que toque à campainha. Só não tragam cacos nem histórias repetidas, porque, sinceramente, eu não estou nem aí.

 

Nota final: 2024 ficou no passado, onde pertence. E quem ainda não percebeu que há um livro inteiro à frente... talvez seja melhor reler esta mensagem. Duas vezes. 😉

 

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