Já pararam para pensar no que realmente nos define? Não são as vitórias fáceis, os dias de sol ou os momentos em que tudo parece estar no seu devido lugar. São as lutas – as noites escuras, as escolhas difíceis, as vezes em que olhámos para o espelho e não tínhamos a certeza de quem éramos.
Aceitar uma segunda oportunidade e, ainda assim, questionar “E agora, quem sou eu?”. Não é isto o cerne da vida? Somos moldados pelas dificuldades, pelas segundas, terceiras ou até décimas oportunidades. Mas, no final, quando a tempestade acalma, enfrentamos o verdadeiro desafio: olhar para nós próprios e responder à pergunta mais difícil – “Quem sou eu agora?”
Há uma verdade crua nisto. Quando tudo à nossa volta muda, quando perdemos aquilo que pensávamos que nos definia, somos obrigados a confrontar a nossa essência. Sem as máscaras, sem as defesas. E isso pode ser assustador. Porque, muitas vezes, percebemos que já não somos quem éramos antes da batalha.
E talvez seja exatamente essa a lição. Talvez a vida não nos peça para resistir ou para permanecermos os mesmos. Talvez a vida nos chame a aceitar, a adaptar, a aprender. A perceber que, mesmo que tenhamos perdido algo – um sonho, uma pessoa, uma parte de nós – há sempre a possibilidade de nos reconstruirmos.
Então, e agora? Agora somos o que escolhemos ser. Somos o que aprendemos, o que superámos, o que estamos a criar para o futuro. Não somos definidos apenas pelo passado ou pelos rótulos que a sociedade nos impôs. Somos a soma das nossas escolhas e, mais do que tudo, da nossa capacidade de continuar.
No fundo, talvez a verdadeira força esteja em aceitar a pergunta “Quem sou eu?” como um convite. Um convite para nos conhecermos outra vez. Para sermos algo novo. Algo mais forte. Algo mais verdadeiro.
Se estás a passar por essa fase, lembra-te: não és só o que perdeste. És o que ganhaste com isso. És a pessoa que enfrentou, caiu, levantou-se e, mesmo sem todas as respostas, continuou a tentar.
E isso, é mais do que suficiente para recomeçar...
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