Há momentos na vida em que o barulho do mundo se torna ensurdecedor, quando fatores externos parecem pesar na alma em vez de a elevar. Para mim, esse momento é agora. Sinto uma necessidade imensa de silêncio, de paz, de distância. As conversas tornaram-se pesadas, partilhar já não faz sentido, e a vontade de proteger o meu mundo interior tornou-se a minha prioridade.
Neste momento, a minha regra número um é simples: ficar em silêncio até que tudo esteja resolvido. Até que a tempestade dentro de mim se acalme, até que descubra aquilo de que realmente preciso, escolhi recolher-me. Não é um castigo nem um ato de rebeldia. É autopreservação.
A Energia Externa e o Seu Impacto
Há algo profundo em proteger o nosso espaço. A energia externa, quer intencional ou não, carrega um peso. Pode confundir a nossa visão, desviar o nosso foco ou até desequilibrar-nos. Muitas vezes, abrimo-nos a opiniões, julgamentos e conselhos não solicitados quando, na realidade, tudo o que precisamos é de silêncio.
Ultimamente, percebi que nem todos os pensamentos precisam de ser partilhados, nem todos os projetos precisam de ser anunciados, nem todas as emoções precisam de ser explicadas. Há um poder imenso em avançar calmamente, em cuidar dos nossos objetivos sem os expor ao mundo antes do tempo. Isto não é segredo – é proteção.
Por Que o Silêncio Se Torna Necessário
Este período de introspeção foi desencadeado por fatores externos que nada de positivo trouxeram à minha vida. Pelo contrário, apenas me desgastaram, deixando-me a questionar o propósito de partilhar partes de mim com os outros. Antes, partilhar parecia libertador; agora, parece um peso que já não quero carregar.
Escolher o silêncio não é sobre ressentimento ou rejeição – é sobre limites. É sobre honrar a necessidade de pausar, refletir e recentrar.
Esta é uma jornada pessoal, que não pode ser moldada pelas expectativas de ninguém.
Aprendi que a introspeção não é egoísmo; é uma necessidade. Recuar permite-nos reequilibrar, redescobrir o que realmente importa e libertar-nos do peso das pressões externas.
Respeitar o Processo
Se há algo que peço, é isto: respeitem o meu silêncio. Isto não é sobre afastar pessoas de quem tanto gosto ou fechar portas. É sobre recuperar o meu espaço e priorizar a minha paz. Perdi a vontade de partilhar, e está tudo bem. Não há mágoa, não há amargura – apenas a necessidade de ficar sozinha para curar e crescer.
Espero que isto possa ser compreendido sem ressentimentos. Por vezes, a melhor forma de cuidarmos dos outros é cuidar de nós próprios primeiro. E, neste momento, é exatamente isso que estou a fazer.
Um Lembrete Suave
A todos os que me lêem e que possam sentir o mesmo: é perfeitamente normal recuar. É perfeitamente normal deixar de explicar cada ação. É perfeitamente normal escolher a paz em vez da participação. Não devem explicações a ninguém por protegerem a vossa energia e priorizarem o vosso bem-estar.
Por agora, permanecerei em silêncio, focada na minha jornada. Obrigada por respeitarem o meu espaço e por compreenderem que isto não é um adeus – é apenas uma pausa.
Vamos dar-nos a graça de crescer ao nosso ritmo, à nossa maneira.
Comentários