Hoje venho confessar algo que muitos entenderão (ou talvez só eu?): apaixonei-me por alguém… que nem sequer existe! É isso mesmo, uma pessoa inteirinha saída da minha imaginação, daquelas que têm as qualidades perfeitas que nunca encontrei na vida real.
Vamos chamá-lo de “Vasco Perfeito” – porque ele é mesmo isso. O Vasco não gosta de séries de crime (mas vê comigo porque sabe que eu adoro), nunca se esquece do meu café com duas ou três pedras de gelo e um pouco de syrup de avelã e ouve todos os meus dramas como se fossem assuntos de Estado. Claro, o Vasco tem um talento raro: ele sabe cozinhar e arruma tudo a seguir. Pronto, sonhar é grátis!
Ah, e o Vasco é aventureiro. De vez em quando decide que vamos para Bali viver da venda de pulseiras feitas à mão – ideia dele, claro. Depois acorda e diz que é melhor ficarmos, porque não pode viver sem o Pastel de Nata da esquina. Nunca conheci alguém assim – e o mais provável é que nunca vá conhecer!
No fundo, o Vasco faz-me sorrir, mesmo sabendo que o nosso “amor” é uma daquelas histórias que nunca vai acontecer. Mas, bem ou mal, enche-me o coração de uma alegria estranha. Acho que é isso que nos mantém sãos: às vezes, apaixonamo-nos por ideias e não por pessoas, e isso pode até ser a coisa mais real de todas.
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