O filme era o “Lua de Mel, Lua de Fel”, do diretor Roman Polanski, e a frase dita por Óscar (personagem interpretado por Peter Coyote) foi a seguinte: “Os casais deviam-se separar no auge da paixão, e não esperar o inevitável declínio”.
Um homem e uma mulher recém-casados partem em lua de mel e descobrem que não têm quase nada em comum, mas será que os opostos se atraem?
Um jovem casal inglês, Nigel e Fiona, decide viajar de barco até à Índia na esperança de renovar a sua relação.
A bordo conhecem Óscar, um americano paraplégico, e Mimi, a sua bela e misteriosa mulher. Nigel deixa-se seduzir por Mimi e acaba por ser arrastado para uma situação tão bizarra quanto irresistível.
Óscar, um escritor não publicado, inicia um relato intimista e pormenorizado da sua atribulada e destrutiva relação com Mimi. Nigel, entre a repulsa e a curiosidade, não consegue resistir ao perturbador relato. Cada vez mais esquecida e receosa da obsessão do marido pela bela e perigosa Mimi, bem como pela sórdida e alucinante história do marido dela, Fiona acredita que tudo caminha para um desfecho trágico.
Quando impera a tranquilidade e nos entregamos à desconexão, somos capazes de equilibrar as constelações neuro químicas e neurológicas que nos permitem aproximar-nos do orgasmo, da diversão sexual e do prazer. Além disso, às vezes pode ser difícil olhar com sinceridade para nossa sexualidade e deixá-la livre por meio de cuidados sexuais, insinuações e imaginação, em suma, erotismo.
Este é o filme que exacerba o erotismo no seu maior exponencial, a obsessão. Na realidade, temos a capacidade de dar um significado erótico a quase tudo. Faz parte da nossa natureza social e biológica. E isso é maravilhoso e, como tal, não faz sentido desistirmos disto.
A nossa sensualidade é um território negligenciado!
Publicado em 1981, o romance de Pascal Bruckner foi adaptado ao cinema por Roman Polanski. Em "Lua de Mel, Lua de Fel", o realizador consegue projetar todo um universo emocional obsessivo, demencial e destrutivo.
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