A rejeição é uma dor imensa, invade
o corpo, a alma, a vida e vai delimitando passos e definindo rumos. Se não
houver uma reação positiva da nossa parte, esta experiência dolorosa pode tomar
conta do nosso futuro, de todos os nossos planos.
A rejeição arde, dói e incomoda! Além disso, curar-se de uma rejeição é como
livrar-nos dum vício. E sejamos justos, se fosse fácil fugir a esta
sensação, ela não se chamaria de vício. E a ajuda para superar esta fase? Boa
pergunta.
Imaginemos que existem centenas de
clínicas de reabilitação de adictos, mas nenhuma para a reabilitação de quem
levou “um fora”.
As pessoas só fazem connosco aquilo que deixamos que elas nos façam.
Não gosto de regras, mas esta frase anterior é um paradigma na minha vida. É claro que não podemos decidir as ações alheias. Estar connosco é uma escolha que cabe a cada pessoa que se cruza no nosso caminho e é, de forma tácita ou não, convidada a permanecer nele.
Uma vez que alguém decida fazer outro caminho, e não antes de que tenha persistido até à linha onde termina a tentativa e começa a humilhação, é então necessário entender e aceitar que a história alcançou um ponto final involuntário.
Mas a nossa história pessoal continua,
e como enfrentar essa situação é que vai fazer toda a diferença.
Todos nós temos o direito de escolher, assim como eu tenho, mas não é a escolha
do outro que define quem somos. "Ele não me quis, sou um lixo" se
fossemos determinar a nossa existência pelos outros, estaríamos fadados a uma
falácia afetiva sem fim.
A nossa autoestima jamais pode ser abalada por uma rejeição, obviamente, ela é o calcanhar de Aquiles dos apaixonados e também das amizades. E é por isso que ela merece a atenção especial quando nos sentimos rejeitados.
Não há receita pronta e generalizada para as dores de amores e desamores ou percas de amizades, e nem é a pretensão deste singelo Blog indicá-la.
Basta-me alertar que é necessário socorrer o nosso ego após uma rutura indesejada.
Sabem aquela afirmação "sou
mais eu", “EU EM PRIMEIRO LUGAR”? Pois
é exatamente esta que devemos entoar no nosso consciente, acreditando no nosso
próprio valor e lembrando-nos que todos nós, todos nós mesmo, já levámos com
um pé na “região glútea” pelo menos uma vez na vida.
Nós escolhemos tudo por afinidade, comida, roupa, carro..., mas quanto a paixões e
amizades já é um assunto bastante mais complexo.
É difícil dizer com precisão o motivo pelo qual nos apaixonamos por esta ou por aquela pessoa. Ou porque criamos laços de amizades com outras. Portanto, não escolhemos de forma racional.
A rejeição
ocorre da mesma forma. Não houve uma escolha baseada em argumentos sólidos, mas
um que sem fórmula arrefeceu, às vezes sem sequer ter chegado a aquecer, a
relação. Qualquer tipo de relação…
Por isso saibamos viver, soltar-nos, acreditarmos que vai acontecer de novo, seja paixão,
amor, atração ou amizade. Um não nos quis e foi-se embora. Outro qualquer está à nossa procura.
A vida gira, e nada é igual ao
segundo passado. Perfeito, a palavra-chave: PASSADO. Passou, comecemos a
viver o hoje dando-nos mais valor e amanhã, talvez, apareça alguém bem mais
interessante.
Dance, cante, grite, escreva, leia, crie um blog, como eu fiz, faça novos
amigos, mude de visual, experimente novas gastronomias. Mas em nenhuma
hipótese se sinta menos ou deixe de cuidar de si.
Nalgum ponto do seu percurso irá olhar para trás e ver que tudo passou, e por isso posso afirmar, com grande experiência na matéria, que tudo passa!
EU SOU MAIS EU!!!!
For VF
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