Sem Medo Mesmo

Claro que consigo resolver a merda toda. Mas não preciso de chorar primeiro. Preciso é de agir. Porque há momentos na vida em que já não há espaço para lágrimas. Há momentos em que só resta a raiva, o foco, a força. E foi exactamente isso que me aconteceu. A merda foi feita — grave, suja, pesada. Mas agora acabou o tempo da dor calada. Agora é o tempo da resposta. E a minha resposta sou eu. Forte. Em pé. Mais viva do que nunca. A distância é um presente Saber que ele, o autor da merda, está longe é, para mim, um presente embrulhado em silêncio. A ausência dele é a prova de que a vida tem formas discretas, mas certeiras, de começar a limpar o que não presta. E todos os dias que passam, acordo mais firme, mais sã, mais longe do buraco onde ele tentou meter-me. Não preciso que ninguém me salve. Já tratei de me salvar sozinha . Este post é um aviso É para ti, sim. Se estiveres a ler isto, lê bem: em Portugal, a justiça pode demorar. Pode parecer que dorme, que se arrasta, que se es...