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Sem Medo Mesmo

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  Claro que consigo resolver a merda toda. Mas não preciso de chorar primeiro. Preciso é de agir. Porque há momentos na vida em que já não há espaço para lágrimas. Há momentos em que só resta a raiva, o foco, a força. E foi exactamente isso que me aconteceu. A merda foi feita — grave, suja, pesada. Mas agora acabou o tempo da dor calada. Agora é o tempo da resposta. E a minha resposta sou eu. Forte. Em pé. Mais viva do que nunca. A distância é um presente Saber que ele, o autor da merda, está longe é, para mim, um presente embrulhado em silêncio. A ausência dele é a prova de que a vida tem formas discretas, mas certeiras, de começar a limpar o que não presta. E todos os dias que passam, acordo mais firme, mais sã, mais longe do buraco onde ele tentou meter-me. Não preciso que ninguém me salve. Já tratei de me salvar sozinha . Este post é um aviso É para ti, sim. Se estiveres a ler isto, lê bem: em Portugal, a justiça pode demorar. Pode parecer que dorme, que se arrasta, que se es...

Bimbos do Ar

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  Ah, os aeroportos — verdadeiros palcos onde se desenrolam cenas dignas de uma comédia de costumes. Para os viajantes experientes, são meros pontos de passagem; para os “bimbos do ar”, são labirintos emocionais onde cada esquina reserva uma nova surpresa. O Ritual do Embarque Enquanto os habitués dos céus aguardam tranquilamente pelo anúncio do embarque, os novatos formam filas ansiosas junto ao portão, como se estivessem a competir por um lugar nu m espetáculo esgotado. A pressa é tanta que parecem acreditar que o avião partirá sem eles, ignorando o conceito de assento marcado. A Saga da Bagagem de Mão A bagagem de mão é outro espetáculo à parte. Os “bimbos do ar” tentam, com esforço hercúleo, acomodar malas que desafiam as leis da física nos compartimentos superiores. O resultado? Corredores bloqueados e olhares reprovadores dos demais passageiros. O Medo de Voar Compreende-se que voar possa ser uma experiência inquietante para alguns. No entanto, agarrar-se ao braço do vizinho...

Imparável e Risonha

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Ser mulher é uma coisa estranha. Linda, mas estranha. Tem dias em que parecemos ter superpoderes. Outros, em que só queremos que o mundo inteiro pare de fazer barulho e nos traga um copo de vinho e silêncio absoluto. Mas há algo que me orgulho profundamente: Eu dou conta do recado. Mesmo quando não quero. Mesmo quando não posso. Mesmo quando estou exausta, irritada e a 3 segundos de me transformar num furacão emocional com eyeliner. Sou mulher. Já fui flor. Já fui tempestade. Já fui tábua de salvação de muita coisa que nem era minha. E hoje? Hoje sou prioritariamente minha. Durante anos disseram-me que tinha de ser forte. Mas nunca disseram que podia ser frágil quando me apetecesse. Que podia dizer “não”, que podia escolher estar calada, que podia escolher o meu tempo. E agora que sei isso? Ai de quem tente tirar-me essa escolha . Sei cuidar dos outros, claro que sei. Tenho um radar emocional mais apurado que os sistemas de segurança da NASA. Mas também sei fechar a porta, meter um rou...

Pó de Estrela

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  Há silêncios que não pesam. Há ausências que não doem. Há partidas que chegam tarde, mas quando chegam… que alívio. Desde que ele se foi — discreto, como convinha — a minha vida tem outro som. Mais leve. Mais meu. E vou ter um mês inteiro, até dia 10 de maio, de paz absoluta. Sim, um mês. Sem explicações, sem ajustes, sem conversas que começam num ponto e acabam numa espiral de nada. Um mês em que posso simplesmente ser. E ser, quando não se está a gerir o caos de ninguém, é maravilhoso. Não me dei ao trabalho de dramatizar. Não é necessário sublinhar o que já estava a itálico há tanto tempo. A verdade é que há presenças que, por mais que falem, não acrescentam. E eu agora escolho acrescentar-me a mim. Comecei pelas pequenas coisas. Dormir com o corpo em paz. Tomar o pequeno-almoço ao som da minha música e não da inquietação alheia. Organizar o meu tempo sem a dança desconfortável de quem vive a descompasso com o que eu sou. Há uma tranquilidade que só chega quando deixamos de ce...