mparável e Risonha

Ser mulher é uma coisa estranha. Linda, mas estranha. Tem dias em que parecemos ter superpoderes. Outros, em que só queremos que o mundo inteiro pare de fazer barulho e nos traga um copo de vinho e silêncio absoluto. Mas há algo que me orgulho profundamente: Eu dou conta do recado. Mesmo quando não quero. Mesmo quando não posso. Mesmo quando estou exausta, irritada e a 3 segundos de me transformar num furacão emocional com eyeliner. Sou mulher. Já fui flor. Já fui tempestade. Já fui tábua de salvação de muita coisa que nem era minha. E hoje? Hoje sou prioritariamente minha. Durante anos disseram-me que tinha de ser forte. Mas nunca disseram que podia ser frágil quando me apetecesse. Que podia dizer “não”, que podia escolher estar calada, que podia escolher o meu tempo. E agora que sei isso? Ai de quem tente tirar-me essa escolha . Sei cuidar dos outros, claro que sei. Tenho um radar emocional mais apurado que os sistemas de segurança da NASA. Mas também sei fechar a porta, meter um rou...