Vai Com Tudo
Cheguei àquele ponto. Sabes qual é? Aquele em que já não dá para andar devagar, nem para ficar à espera que a vida me mande um convite com RSVP. Ou vou com tudo, ou deixo que tudo me passe à frente. E não, obrigada — já fiquei demasiado tempo para trás.
Go all in.
É isso. Chega de “vou tentar”, de “vou ver”, de “um dia destes”. Ou estou dentro, ou então é melhor nem perder tempo. Porque se há coisa que aprendi à força foi que tentar a meio gás só serve para me desgastar sem me levar a lado nenhum.
Portanto, sim: vou com tudo. Mesmo com dúvidas. Mesmo com medo. Mesmo sem garantias.
O medo vai na mala — mas eu vou na frente.
Get on your goals.
E não, não são os objectivos que os outros escolheram para mim.
Já vivi demasiado tempo com metas que nem eram minhas.
Agora são os meus. Os que me aceleram o pulso. Os que parecem loucos aos olhos dos outros, mas que para mim fazem todo o sentido.
Cansei de me orientar pelo GPS alheio. Estou a seguir o meu mapa. Mesmo que ele seja todo rabiscado e sem escala.
Be intentional with your time.
O meu tempo é sagrado. E estou farta de o gastar com quem só aparece para me esvaziar.
Estou cansada de dar minutos a quem não me daria segundos.
Por isso, sim — agora penso bem antes de dizer “sim”.
Penso duas vezes antes de estar presente onde não sou bem-vinda.
Escolho onde me gasto. E com quem.
Be unapologetic about what you want.
Quero muito.
E não vou pedir desculpa por isso.
Quero uma vida que faça sentido, que me desafie, que me respeite.
Quero paz, quero amor, quero espaço, quero sucesso — quero tudo.
E o mais curioso? Durante anos ensinaram-me que era arrogante querer assim.
Mas agora sei: é coragem.
Não vou encolher os ombros para parecer mais aceitável.
Não vou encolher a minha vontade para caber em zonas de conforto que já não são minhas.
Say ‘YES’ to things that serve me. Say ‘NO’ to things that don’t.
Ponto final.
Sim, às pessoas que me acrescentam.
Sim, às conversas que me desafiam.
Sim, aos lugares onde posso ser inteira.
E não — bem alto — a tudo o que me tira a energia, o brilho, a paz.
Não a relações forçadas.
Não a obrigações emocionais.
Não a palmadinhas nas costas que escondem facas.
“Não” tornou-se uma palavra bonita no meu vocabulário.
Porque dizer “não” aos outros foi, finalmente, dizer “sim” a mim.
Just really f*cking go for it.
É isso.
Sem rodeios.
Sem ensaios.
Sem pedir autorização.
Agora vou.
Vou como nunca fui.
Com tudo.
Com alma.
Com raiva boa.
Com vontade.
Com consciência de que o tempo está a passar e eu não vim cá para viver pela metade.
Vou com tudo.
E não volto atrás.
Porque ninguém me possui. Ninguém me cala. E porque esta sou eu agora — sem filtros, sem medo e, finalmente, sem permissão.
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