Sou como sou. E gosto de mim assim, mesmo com todos os altos e baixos que carrego na bagagem. Falo alto quando quero. Ou não falo, quando não me apetece. Gosto de algumas pessoas, daquelas que me inspiram e acrescentam algo. E, de outras, não gosto nada—sem rodeios, sem cerimónias.
Sou amiga de quem escolho
ser amiga. Não estou aqui para agradar a todos. Arrisco, meto os pés pelas
mãos, e talvez por isso me chamem destravada, inconsciente, sem noção da vida,
ou exagerada. Aceito os rótulos com um sorriso porque sei que, no fundo, ninguém
consegue ser "normal" o tempo todo.
A minha vida não foi uma
linha reta. Cheguei até aqui com tropeços, curvas apertadas, e quedas pelo
caminho. Se sou feliz? Tenho momentos de felicidade extrema, daquelas que fazem
o coração disparar e os olhos brilharem. Mas esses picos altos têm um preço.
Quando a queda vem, é dura—desilusão, frustração, às vezes até depressão.
Ainda assim, tenho de
agradecer à vida. Apesar de tudo, ela tem sido minha amiga. Ensina-me a
levantar sempre, mesmo quando os joelhos ainda doem da última queda.
Sobre dúvidas e
certezas
Estou a passar por um
momento de grandes dúvidas. Mas, sejamos honestos: quando é que não estou?
Dúvidas fazem parte de quem eu sou. O que me diferencia é que, mesmo com toda
essa incerteza, continuo a avançar. Sinto algo aqui dentro—bem guardado, algo que
as palavras não conseguem explicar. Talvez seja esperança. Talvez seja medo. Ou
talvez seja uma mistura dos dois.
O que sei é que estou farta
de depender de remédios. Saber que vão fazer parte da minha vida para sempre é
uma dessas certezas que não aceito de ânimo leve. Mas também sei que, mesmo com
os comprimidos, as noites mal dormidas, e as batalhas internas, continuo aqui.
Forte. Resiliente.
Filosofias (e gargalhadas)
sobre a vida
Não gosto de adormecer com
as costas viradas para ninguém. É que nunca sei como vou acordar ou como a
outra pessoa vai acordar. Quem sabe? A vida é uma incógnita, um tabuleiro onde
às vezes ganhamos, outras vezes perdemos.
Adoro rir das coisas
simples, como aquela conversa absurda que acaba em gargalhadas de fazer doer a
barriga. Acho que a vida tem graça assim: imperfeita, confusa, mas cheia de
histórias para contar. E eu? Bem, eu sou um desses capítulos que ninguém sabe muito
bem como acaba, mas que dá gosto de ler.
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