Sou como sou. E gosto de mim assim, mesmo com todos os altos e baixos que carrego na bagagem. Falo alto quando quero. Ou não falo, quando não me apetece. Gosto de algumas pessoas, daquelas que me inspiram e acrescentam algo. E, de outras, não gosto nada—sem rodeios, sem cerimónias. Sou amiga de quem escolho ser amiga. Não estou aqui para agradar a todos. Arrisco, meto os pés pelas mãos, e talvez por isso me chamem destravada, inconsciente, sem noção da vida, ou exagerada. Aceito os rótulos com um sorriso porque sei que, no fundo, ninguém consegue ser "normal" o tempo todo. A minha vida não foi uma linha reta. Cheguei até aqui com tropeços, curvas apertadas, e quedas pelo caminho. Se sou feliz? Tenho momentos de felicidade extrema, daquelas que fazem o coração disparar e os olhos brilharem. Mas esses picos altos têm um preço. Quando a queda vem, é dura—desilusão, frustração, às vezes até depressão. Ainda assim, tenho de agrad...