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Sexo por FaceTime é a melhor forma de passar a quarentena

19 Abril, 2020

Com a população mundial a adoptar o distanciamento social em resposta à pandemia do novo coronavírus, não restam dúvidas: estamos a perder mais que nunca o contacto humano, e isto inclui a conexão sexual. Claro, pode se divertir com um filme porno, mas não é o mesmo que interagir com outra pessoa nua.
Porque aproximar-se pessoalmente de um parceiro pode levar à transmissão da Covid-19, cada vez mais optam pelo sexo por FaceTime.

Caso real #1: Ness, 30 anos
Ness não praticava muito sexo desde os 20 anos, quando a tecnologia era muito mais complicada. Agora, durante a pandemia, admite conectar-se com parceiros quase diariamente. Ness pratica sexo por FaceTime com três homens diferentes: dois são homens com quem tem uma relação e o terceiro é como um escravo sexual de castidade (o que significa que não há nada mais além de sexo entre eles). Normalmente, ela encontrava-se com esses homens pessoalmente, mas hoje tal não é uma opção. “A tecnologia nunca substitui a proximidade do corpo de alguém, mas está me ajudando a relaxar e dormir melhor”, admite.

Caso real #2: Jack, 29 anos
Jack já praticava sexo por FaceTime, mas apenas uma ou duas vezes por mês. Agora, a frequência é de algumas vezes por semana. Tal como Ness, Jack tem vários parceiros, cinco, na verdade.
“Com o que está a acontecer actualmente, o FaceTime preenche a lacuna [sexual] que, de outra forma, deixaria os desejos não realizados”, explica.

Caso real #3: Charyn, 46 anos
Para Charyn, sexo por FaceTime não é novidade. “Alguns dos meus parceiros estão a longas distâncias, por isso já dependia do sexo por FaceTime, só assim os nossos relacionamentos sobreviveriam”, conta. No entanto, antes da pandemia, fazia sexo por FaceTime talvez uma vez por semana. Agora fá-lo pelo menos a cada dois dias.

O sexo do FaceTime pode indicar muitas coisas, mas para os entrevistados pela Men’s Health, significa masturbação mútua. Mas tal não significa que deva assistir à outra pessoa a masturbar-se em silêncio (estranho!). Você pode falar mal do seu parceiro, mudar de posição ou trocar de brinquedos sexuais. De facto, o sexo por FaceTime é uma óptima maneira de se envolver com uma dinâmica sexual mais dominante e submissa. Diga ao seu parceiro o que gostaria que ele fizesse. Diga-lhes para adiarem a ejaculação antes do orgasmo. Seja excêntrico!

“Eu divirto-me muito brincando com os parceiros com quem me envolvo”, diz Ness. Frequentemente, ela começa por mostrar o rosto e lentamente desce até ao resto do corpo. Outras vezes, ela concentra-se numa peça de lingerie ou saltos altos, que ela sabe que o parceiro gosta.

Jack raramente vai directo para o nível mais ‘malandro’. Em vez disso, começa por perguntar ao parceiro sobre o dia deles, para que eles se sintam mais confortáveis. “Isso leva ao ‘flirt’ e, eventualmente, acabamos por mostrar um ao outro o nosso corpo”, explica. Estes preliminares verbais, são pois uma maneira de nos conectarmos. Além de alimentar a necessidade de interacção social platónica”, explica Jack.

“Quando se foca apenas na nudez e masturbação, o sexo por FaceTime pode ser estranho”
Por um lado, é difícil segurar o telefone e se masturbar ao mesmo tempo. Se se movimenta de mais, ficará fora do ecrã. É por isso que Jack recomenda o uso de um portátil ou tripé.

Embora muitas vezes seja mais fácil enfrentar o FaceTime com pessoas com quem já fez sexo, a mentalidade a que a realidade actual nos obriga leva muitos a se quererem ramificar ou explorar sexualmente. “Devo admitir que ter um amigo com benefícios via FaceTime é altamente tentador no momento, tal como aceitar a proposta de se encontrar com um ex-namorado”, diz Ness. Charyn acrescenta: “Estou a usar o FaceTime para ter sexo com pessoas aleatórias, mas não estou na minha esfera de namoro”.

Para TI LJ

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