Eu amo-me! Em primeiro lugar e acima de tudo! Não, não estou a ser narcisista. Amo-me porque me aceito, porque aprendi a gostar de cada pedaço de mim, e, convenhamos, não foi muito fácil.
Todos os defeitos tão aparentes que eu tive de engolir. Sim, olhar-me ao espelho e ver coisas que julgo desagradáveis e tentar vê-las de forma diferente não foi fácil.
Saber que algumas atitudes e maneiras de pensar adquiridas com o tempo me estavam a prejudicar, também não foi. Mas foi tudo isso que contribuiu para que eu pudesse construir a minha personalidade e todas as minhas qualidades.
A minha impaciência e a minha dedicação fazem parte do meu jeito de ser, e eu orgulho-me disso. Sim, também me orgulho das coisas não tão boas. Não que eu não queira mudá-las, mas algumas não valem a pena tamanho esforço. Porém há certos detalhes que todos os dias procuro melhorá-los. E realmente não é fácil, então por vezes eu aceito-os. Não como fraqueza, mas como uma forma de me fazer mais feliz.
Antes de eu amar qualquer coisa, seja o meu cão, a minha casa ou aquela pessoa especial eu resolvi dedicar boa parte do meu amor para mim mesma. E junto com esse amor veio uma quantidade de outras coisas: cuidado, carinho, dedicação, valorização… Tudo isto só para mim! Tem coisa melhor? Tem, sei que tem. Melhor que isto é poder entregar um pouco desse amor todo a outra pessoa também. Não uma pessoa qualquer, claro, mas para outra pessoa que também me possa amar. Daí ser tão seletiva. Porque então o amor fica a dobrar, e traz até um presente a mais: FELICIDADE! Que para mim ainda é aquilo que me transborda pelos olhos...
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